Fotógrafos de Uberaba falam sobre a paixão pela fotografia
segunda-feira, 17 de setembro de 2012Há muito tempo as fotografias fazem parte da vida das pessoas e com o tempo elas evoluíram. Deixaram de ser em preto e branco e tiradas em máquinas gigantescas para se tornarem digitais e os equipamentos fotográficos são cada vez mais compactos. E para se manter no mercado os profissionais que sobrevivem da arte de fotografar tiveram que se atualizar. Hoje, para alguns fotógrafos de Uberaba, no Triângulo Mineiro, o tempo das velhas máquinas fotográficas parece algo bem distante.
O fotógrafo Alysson Oliveira tem dez anos de profissão. Ele lembra que quando a era digital chegou pensou que estaria desempregado. Mas fez do momento uma oportunidade. Se modernizou, abriu o próprio estúdio e não conseguia imaginar como conseguia trabalhar naquela época. “Eu não tinha noção nem de como ligar um computador e pra mim foi um desafio muito grande, mas o que eu sei fazer é fotografia e tive que investir em cursos. Com o digital você pode criar muito mais além do analógico e já vê o resultado na hora. Então, você pode fazer muito mais fotos, procurar ângulos diferentes, testar e ousar”, completou o fotógrafo.
Em uma ótica de Uberaba, a máquina analógica ainda tem espaço e é uma das únicas da cidade. Segundo o empresário José Carlos Machado durante o processo de revelação a imagem é digitalizada. E a foto, que estava a mais de dez anos só no negativo, sai em perfeito estado. “Hoje, já conseguimos digitalizar o material e o cliente leva o negativo de volta e as fotos em um CD”, contou o empresário.
No mesmo laboratório, uma máquina capaz de imprimir 1.200 fotos por hora. A história do fotógrafo Ricardo Prietto se confunde com a da fotografia. Das câmeras que o fotógrafo usou na década de 50 até as digitais que ele usa hoje são 60 anos de história da fotografia. Ricardo é da época que negativo era de vidro. Hoje, um simples cartão de memória, armazena milhares de fotos de uma só vez. Aos 80 anos, o fotógrafo conta que não teve problemas para se adaptar ao novo equipamento.
“Quando eu vim de São Paulo em uma viagem eu senti que a foto digital estava chegando pra ficar. Ai cheguei em Uberaba e já coloquei uma placa no meu negócio investindo nisso. Eu vivo a fotografia intensamente com muita alegria e paixão e estou junto com a tecnologia”, finalizou.
Fonte: G1