Fiscalização do serviço de motofrete não começou em Uberaba
quinta-feira, 6 de setembro de 2012No dia 4 de agosto entrou em vigor a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para regularizar o transporte de galões de água e de botijões de gás por motocicletas. Esses produtos não podem ser transportados em motos e os condutores precisam passar por um curso especializado.
Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o secretário de Trânsito informou que a fiscalização começaria no dia 7 de agosto, mas até agora isso não aconteceu. Nesta quarta-feira (5) ele não informou os motivos pelos quais ela ainda não iniciou e apenas disse que a fiscalização não tem data para começar.
O empresário Pedro Gomides é dono de uma distribuidora de água e gás e confessa que não é viável adaptar a moto. Ele continua transportando os galões na garupa. “Não adaptei porque nós temos que fazer um atendimento mais rápido e, normalmente, usamos mais a moto”, contou o empresário. Como não tem o equipamento Pedro ainda tem uma segunda opção. Quando a encomenda é agendada os galões vão em uma van. “A partir do momento em que realmente as autoridades tiverem cobrando isso nós vamos tentar entregar de carro porque eu acho que é melhor para nós”, contou.
A lei federal foi publicada em 2009 e passou a valer em 4 de agosto. O transporte deve ser feito em um sidecar, que é uma carreta acoplada à lateral da moto. A resolução ainda determina que todo mototaxista e motofretista precisa fazer um curso especializado. A formação será exigida a partir de fevereiro de 2013. No Senat em Uberaba a procura é baixa. Apenas três turmas, com oito alunos cada uma, foram formadas. “Para fazer o curso tem que ter idade mínima de 18 anos, estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria A. É preciso apresentar xerox da CNH, comprovante de endereço, uma foto 3×4 e nada consta do prontuário no Detran”, explicou o coordenador de desenvolvimento profissional do Senat, Humberto do Carmo Solano.
As aulas são teóricas e práticas. O curso tem duração de 30 horas e custa R$ 160. “A legislação exige ética e cidadania, pilotagem segura e o conhecimento do veículo. Ele é treinado numa pista fechada, faz-se o teste numa pista fechada e depois ela vai para o trânsito”, finalizou Humberto.
Fonte: G1