Câmeras de segurança flagram clientes mal educados em Uberaba
quinta-feira, 8 de novembro de 2012Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, câmeras de circuito interno de segurança em supermercados flagraram clientes em cenas de furto e falta de educação. No fim das contas, porém, quem paga a conta é o próprio consumidor. Em um dos supermercados procurados pela reportagem da TV Integração – afiliada Rede Globo, a falta de educação custa cerca de R$ 4 mil por mês, valor que é revertido no preço final dos produtos. Ao todo, são 36 câmeras. Uma delas flagrou um cliente escolhendo carnes e colocando-as para as prateleiras. Mas, achando que ninguém estava vendo, ele olha para o lado e, sem medo das lentes, esconde pedaços de picanha dentro da camisa.
Outro cliente fingiu experimentar um avental. Mas, basta reparar nas imagens que os produtos que estavam na prateleira desaparecem em uma fração de segundos. “Quando a gente detecta esse tipo de coisa a primeira ação é avisar ao cliente para que ele faça o pagamento da melhor maneira possível. Na maioria das vezes, nesta situação, o cliente acaba fazendo o pagamento. Caso ele não faça, infelizmente a gente tem que intervir com o setor de segurança. E quando é um caso mais sério a gente aciona a Polícia Militar”, explicou o gerente de supermercado, Wagner Santos.
Essa falta de educação tem preço tabelado e corrigido. O esmalte, por exemplo, poderia custar 10% a menos se não fossem os altos índices de furtos e quebras registrados, conforme explicou o gerente Cristiano Luiz dos Santos. “A gente faz balanços mensais e periódicos para ver como está o índice de quebra desse produto e ele entra na margem de cálculo de preço”, revelou.
Com prejuízos de até R$ 4 mil mensais e os investimentos na casa de cerca de R$ 20 mil em segurança, o cliente acaba pagando mais caro na conta. O reflexo chega aos famosos produtos de ‘R$ 1,99’. Até eles poderiam ser ainda mais baratos. “Poderia ficar mais barato para o consumidor em pelo menos, 5% se não houvesse todo esse tipo de perda que a gente tem hoje”, afirmou o empresário José Carlos Nogueira.
No fim há mais prejuízo, pois ninguém quer um porta-retrato quebrado ou uma lupa estragada. “”inguém vai comprar. Vai ficar aí e vira entulho”, reforça a empresária Luris Daher.
Fonte: G1