O aumento no poder de compra dos brasileiros pode ter alguns reflexos negativos para o bolso do consumidor. Um deles é o aumento nos preços de determinados produtos, como a carne bovina. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mesmo estando mais cara, ela continua bastante vendida e ainda deve puxar novos aumentos no fim de ano.

A seca prolongada é a explicação para o desaparecimento da oferta do boi gordo. Sem chuva não tem pasto, sem pasto o gado come ração e este é o motivo para o aumento do preço da carne. “O gado confinado tradicionalmente tem um custo maior e esse custo ficou ainda maior esse ano em função do aumento do milho, principalmente para a quebra da safra americana e o aumento dos custos do medicamento. O custo subiu, o preço vai subir, o consumidor está disposto a pagar, então o preço chega a esse nível em que está”, explicou o economista Marco Antônio Nogueira.

E o economista garantiu que o Natal e o Ano Novo devem puxar os preços ainda mais para cima. “Sse subiu muito a carne de boi, o frango vai subir, o porco e o peru também”, destacou Marco Antônio.

Na fila do açougue o consumidor espera que o preço da carne bovina caia, mas está difícil. “Seguraram um pouco o preço da carne de segunda e subiram um pouco a de primeira, que é a que tem mais procura pelo consumidor, devido até a um poder aquisitivo melhor da população, eu acho. Hoje, a carne de primeira vende mais do que a carne de segunda”, contou o empresário Sérgio Henrique Manzan.

Para o churrasqueiro Jair Santana Lemos está difícil cumprir com os contratos que fechou antes do aumento. “Por conta do aumento eu tenho que repassar para funcionários e outras pessoas para não ficar com o prejuízo sozinho. Não tem como a gente passar esse prejuízo para o cliente”, afirmou.

O peixe é outra alternativa mais em conta e com o mesmo teor de proteína. “Um bom é a sardinha, que tem o preço bom, ômega 3 e é menos calórico. Os benefícios vão ser até maiores do que a carne bovina”, garantiu a nutricionista.

Fonte: G1