Exonerações comprometem atendimento no Procon de Uberaba
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013Com a troca de gestão no Governo Municipal e a exoneração de alguns funcionários, o número de profissionais trabalhando na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, caiu pela metade e prejudicou o atendimento, segundo a nova administração. Além disso, a tradicional pesquisa sobre preço dos materiais escolares, divulgada geralmente no início de janeiro, ainda será feita e deve ter o resultado divulgado dentro de 10 dias, próximo ao início das aulas.
Segundo a coordenadora do Procon, Eclair Gonçalves, parte do problema está relacionado ao número reduzido de funcionários após a troca de governo. “Estamos com o quadro de funcionários pela metade e sem condições de atender adequadamente a população. Quando um governo encerra, as exonerações são verticais em todos os cargos de confiança. Estamos sem as chefias: não temos chefe de fiscalização, não temos chefe do setor de atendimento. Estamos com um quadro de assistentes jurídicos, que são nomeados, todos exonerados”, revelou.
O serviço de atendimento, segundo ela, ficou ainda mais crítico por ser uma época de muitas reclamações dos consumidores. “O problema é que viemos de um final de ano onde o número de reclamações eleva muito devido ao grande consumo. Então estamos pedindo ao governo prioridade em relação ao Procon. Sabemos que existem algumas áreas prioritárias e estamos tentando resolver isso o mais rápido possível”, disse.
A coordenadora alertou, ainda, para um problema envolvendo o endereço de funcionamento da instituição. Em dezembro do ano passado foi divulgada a inauguração de uma nova sede situada na Avenida Leopoldino de Oliveira. Com isso, muitos consumidores têm procurado o local para atendimento, mas as obras ainda não foram concluídas. Por isso, o Procon ainda funciona no antigo endereço, na Rua São Sebastião, nº 322, no Centro. “Estamos atendendo no mesmo local. A obra será entregue para a administração municipal na próxima segunda-feira (14). Foi feita a inauguração sem que houvesse condição de mudança”, afirmou.
Pesquisa
Segundo a coordenadora, a pesquisa de preço dos materiais escolares, que deveria ter sido iniciada ainda no ano passado pela antiga gestão, não foi realizada. A nova administração da entidade não recebeu nenhum levantamento sobre a questão. “O material já tinha que estar publicado. As pessoas que tinham que fazer a compra de material escolar já estão fazendo. Para fazer essa pesquisa iremos gastar, pelo menos, uma semana e é muito improvável que conseguiremos atingir o objetivo dela. Estamos revendo a situação e vamos tentar fazer a pesquisa e publicá-la em no máximo dez dias”, concluiu.
Fonte: G1