Pessoas com deficiência intelectual em Uberaba estão recebendo tratamento pelo Serviço de Residências Terapêuticas (SRT) mantidas pelo Governo Federal. As duas primeiras unidades foram implantadas após o fechamento da Associação Cristã de Assistência aos Pobres (Acap) que atendia pessoas com deficiência intelectual em regime fechado. Para atender toda a demanda, a previsão é da construção de outras seis residências terapêuticas ainda neste ano.

A estrutura é semi-improvisada em uma antiga Unidade Básica de Saúde. Porém, a intenção é que, cada vez mais, o prédio se pareça com uma casa normal. A estratégia, segundo a referência em Saúde Mental do município, Sérgio Henrique Marçal, faz parte do novo modelo de tratamento. “Aproximar cada vez mais a casa de um lar. A residência terapêutica tem uma característica de lar no que diz respeito a imobiliário e característica em geral. Temos que olhar e ver uma casa”, explicou.

A residência terapêutica é mantida pelo Governo Federal e tem a gestão do município. Por mês, são repassados R$ 20 mil. Atualmente, as casas atendem a 20 pessoas, todos ex-pacientes da Acap, que encerrou as atividades em maio do ano passado. Na associação, estavam 80 internos, e os outros 60, foram reencaminhados para as famílias.

A intenção é que mais pessoas passem a ser tratadas nesse novo sistema. Os potenciais moradores da casa serão buscados pela equipe em instituições sociais. Até agora, dois asilos foram visitados. A triagem deve acontecer em outras 13 instituições, inclusive no sanatório espírita de Uberaba.

Serão selecionados pacientes com problemas crônicos de longos históricos e cujas famílias não têm condição social para recebê-los novamente. Mesmo assim, o terapeuta ocupacional Fernando Calil, afirmou que a participação da família é importante. “Com família próxima do paciente, ele facilita o processo de recuperação. Óbvio que a gente precisa de uma equipe interdisciplinar que possa dar um suporte para estes familiares”, concluiu.

Fonte: G1