Uma reunião entre a Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU), no Triângulo Mineiro, e a Caixa Econômica Federal (CEF), que foi realizada na tarde de segunda-feira (13) definiu os detalhes para a construção de quase dez mil casas pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida 2″. A segunda fase não atraiu grandes investimentos, pois com a valorização dos terrenos o lote de 200m² chega a custar até R$40 mil. O problema é que a CEF não acompanhou o mercado e o preço pago pela casa pronta continua sendo R$56 mil, o que para os construtores é inviável.

Por isso, a Câmara Municipal aprovou uma lei que dá incentivo aos construtores e as ruas poderão ser construídas com 12 metros de largura, dois a menos do que determina o plano diretor. Além disso, não há mais obrigação de investimento em creches, escolas ou postos de saúde. “Flexibilizamos através da lei e agora nós temos a expectativa muito grande de atender essas famílias. Certamente elas podem esperar porque nós estamos trabalhando para atendê-las”, explicou o presidente da Cohagra, Paulo Fernando Venturo. De acordo com ele, as famílias já cadastradas desde a primeira etapa do projeto serão priorizadas nesta segunda fase.

A lei vale para empreendimentos que forem apresentados até o dia 13 de setembro. Oito propostas já estão aguardando aprovação da prefeitura e duas delas são do construtor César Pantaleão. “A mudança vai viabilizar essa diminuição de custos, que vai permitir que a gente consiga instalar em Uberaba, novas unidades do programa”, destacou César.

A dona de casa Ellen Josiane Duarte Gonçalves esteve bem perto de conquistar a casa própria em fevereiro e até chegou a assinar alguns papéis, mas a documentação não foi aceita. Ela ainda não entendeu o motivo e não desiste. “Eles falaram que tinha ultrapassado o salário, que era de três salários mínimos, só que na verdade não estava ultrapassando. Eu consegui as provas e está em documento”, disse a dona de casa. Assim como Ellen, outras 12 mil famílias estão cadastradas a espera de uma casa popular na Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra).

As últimas unidades da parte 1 do programa estão sendo entregues no Parque dos Girassóis. A diarista Angelita Luiza dos Santos se mudou há menos de uma semana. Ela pagava R$250 de aluguel e, agora, são R$50 na parcela da casa própria. Ela espera por este momento há cinco anos. “Eu estou realizando um sonho, que estava demorando”, confessou a diarista.

Fonte: G1