A leptospirose, doença comum em época de enchentes, tem provocado a morte de cães nas últimas semanas em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mas o Centro de Controle de Zoonoses descartou surto da doença. De acordo com o órgão, do começo do ano até agora, foi notificado e confirmado apenas um caso em animais porque as clínicas particulares não repassam os óbitos. Em humanos, a Secretaria de Saúde informou que foram notificadas duas suspeitas, ambas descartadas.

Em menos de uma semana, a professora Maria Rosária Pereira perdeu quatro cachorros. Os laudos de uma clínica particular confirmaram que todas as mortes foram causadas por leptospirose, doença transmitida pela urina e pelas fezes do rato que ataca o fígado e os rins dos animais. “O primeiro momento foi a apatia do animal e a perda total do apetite. Depois começaram os vômitos e eu observei o xixi muito amarelo”, contou Maria.

Em outro bairro, também na região central de Uberaba, outros dois cachorros morreram de leptospirose este mês. “Começaram a aparecer ratos no quintal e depois de um período a cachorra menor morreu e 15 dias depois morreu a outra”, contou o técnico em eletrônica Marcos Rogério Mota.

Os ratos apareceram na casa de Marcos ao mesmo tempo em que eram executadas obras na rede de esgoto na Avenida Leopoldino de Oliveira. “A nossa vizinha também perdeu uma cachorra por leptospirose e tem um outro que está em estado grave. Foi constatado através do laudo e exame que foi leptospirose”, disse Marcos.

O contato com animais contaminados ou com secreções deles pode transmitir a doença para o homem. Para prevenção, existe vacina para cães. A dose é aplicada uma vez por ano e a eficácia é de 90%. Já para o ser humano a única solução é a higiene. “Se a pessoa vai limpar o quintal, a urina, não passe o pano de chão direto com a mão. Use o rodo, enxágue, use um desinfetante para você não ter contato direto, finalizou Virgínia.

Fonte: G1