Cerca de 228 candidatos se cadastraram como doadores de medula óssea, nos dois últimos meses, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, segundo dados do Hemocentro da cidade. Para os especialistas a população ainda precisa se conscientizar da importância de se tornarem doadores.

Para o encanador Celso Ricardo da Silveira ser um doador é motivo de orgulho. Há cerca de quatro anos ele doou medula óssea para uma pessoa que nem conhece. “É um momento único. Tem que acontecer com você para você saber o sentimento. É muito bom. A sensação é fantástica. Eu confesso voltei pra Uberaba melhor do que fui embora para a cidade do Rio de Janeiro”, disse.

Segundo o coordenador do hemocentro de Uberaba, Paulo Roberto Juliano Martins, Celso faz parte de uma estatística impressionante, pois as chances de se achar alguém compatível para o transplante, fora da família é de, em média, uma em cem mil. “A pessoa tem que ter uma compatibilidade não só do grupo sanguíneo, mas do sistema HLA que é muito complexo. São múltiplos genes que tem diferenças”, explicou o especialista.

Ainda de acordo com o especialista, para muitos pacientes, essa é a única esperança, mas que a dificuldade de encontrar um doador compatível fica ainda menor diante ao baixo número de cadastrados. Em Uberaba, são cerca de 15 mil. “Um pouco faz parte da cultura que nós temos de não doar o sangue com tanta regularidade. Eu creio que a solução é a longo prazo e passa pela educação”, completou.

Para se candidatar a doador de medula basta coletar uma pequena amostra de sangue. O cadastro dura menos de 10 minutos. É preciso preencher a ficha e assinar um termo de responsabildiade. Todos os dados vão para um banco digital.

Fonte: G1