Farmácias de Uberaba se preparam para reajuste de preços
terça-feira, 19 de março de 2013O preço dos medicamentos sofrerá aumento a partir de abril, já que o reajuste nos preços dos laboratórios é autorizado anualmente. As farmácias na cidade de Uberaba já informaram que o reajuste pode ser repassado para o consumidor. Com isso, os uberabenses se preparam para o aumento nas despesas familiares.
A dona de casa Neusa Francisca da Silva e o marido precisam de remédios para controlar o diabetes, hipertensão e uma disfunção nos rins. São mais de R$ 300 mensais do orçamento familiar gastos com comprimidos. Ela disse que assustou com o aumento. “Acho que os preços não deveriam subir. Nós que somos mais pobres não daremos conta de pagar”, disse.
A insatisfação no balcão das farmácias da cidade é generalizada. O vendedor Agnaldo Bernardino disse que já escutou reclamações. “Sempre que pedem desconto, fazemos o possível para agradar e resolver o problema do cliente. Quando a pessoa opta pelo genérico, tentamos demonstrar que sai mais em conta, mais acessível.”
O aumento da indústria farmacêutica pode chegar a 6,31%, o que corresponde a inflação dos últimos 12 meses. Mas o reajuste deve ser menor, principalmente para os medicamentos mais procurados. O aumento anual é decidido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com data certa para chegar as farmácias. “O reajuste começa a partir de 1ª de abril e variará de 2,7% a 6,31%”, disse a farmacêutica Karla Eliana Gomes.
No período de reajuste, é comum as farmácias apresentarem descontos e as pessoas podem encontrar uma grande variação de preços entre os estabelecimentos. Para não ser lesado, o consumidor pode exigir no balcão da farmácia a lista de preços. Esse é um direito de todo cidadão e uma exigência da Anvisa. Segundo Karla Eliana, nessa lista é possível verificar o PMC, preço máximo que a drogaria pode cobrar do consumidor por determinado medicamento. “Em muitos casos, o consumidor chega a pagar 300% a mais do que o verdadeiro valor. A única forma do consumidor se prevenir, é exigir a tabela, o PMC e o cupom fiscal”, afirmou.
Ao consumidor, segundo a especialista, resta pesquisar. Cada farmácia tem liberdade para decidir o quanto dará de descontos em cima dos preços atualizados. “Eu assusto, mas compro assim mesmo. Ainda assim, sempre compro a prazo, pois não posso ficar sem o remédio”, contou a aposentada Maria Aparecida dos Santos.
Fonte: G1