Nível da água está controlado, mas é preciso evitar excesso
sexta-feira, 14 de setembro de 2012A transposição do Rio Claro para reforçar o abastecimento de água em Uberaba, no Triângulo Mineiro, deu início na última terça-feira (11). A ação foi autorizada devido ao nível do Rio Uberaba, que abastece a região, estar abaixo do normal por causa do período de estiagem. Na cidade de Uberlândia a situação segue normalizada, mas segundo o gerente de tratamento de água e operações do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Fernando Guimarães Moreira, o consumo excessivo de água deve ser evitado para garantir o abastecimento à população.
E para não faltar água na cidade, entre as principais medidas que devem ser adotadas pelos moradores para evitar os desperdícios são: lavar calçadas, aguar plantas antes de o sol se por, evitar puxar encanamentos diretamente da rede, pois o consumo se torna superior e não deixar torneiras abertas. “Neste tempo seco a tendência é que se gaste mais água e são medidas simples que podem evitar isso. Molhar o jardim, por exemplo. Estudos comprovam que a água evapora quase que imediatamente quando o sol está a pino, o ideal é que se águem as plantas no final da tarde e início da noite”, explicou Fernando.
Outro aspecto importante que contribui para o trabalho dos agentes do Dmae e evita o desperdício é em relação aos vazamentos de água em vias públicas. Os cidadãos devem informar à central de atendimento sempre que constatarem canos estourados ou algum vazamento de água nas ruas pelo telefone 0800 940 7272.
Abastecimento sob controle
O município conta com duas centrais de abastecimento e cerca de dez reservatórios instalados em regiões distintas, favorecendo a distribuição de água para todos os bairros. Em média, chegam a ser produzidos 3.500 litros de água por segundo, que equivalem a mais de 200 milhões de litros produzidos por dia na cidade. “A produção de água acompanha a demanda, mas embora não haja risco de falta de água na cidade de Uberlândia, é necessário que a população entenda que não se deve desperdiçar, principalmente porque em setembro e o outubro o consumo de água é muito mais elevado”, orientou o diretor geral do Dmae, Epaminondas Honorato Mendes.
Os dados apresentados pelo Dmae mostram que o nível da água da Represa Sucupira, onde está localizada a matriz do processo de tratamento, se mantém melhor do que no ano passado. Entre uma escala mínima de dois metros e máxima de três metros, o último comparativo deste mês apontou 2,77 metros, quase 80 centímetros a mais do que o mesmo período de estiagem do ano passado. “Parece pouco, mas não é. Ainda mais quando falamos de uma represa daquela extensão. O número está mais próximo da máxima do que da mínima, se ultrapassar os três metros, a água transborda”, informou Epaminondas.