Projeto cuida de cães abandonados em universidade de Uberaba
quinta-feira, 30 de agosto de 2012O curso de Medicina Veterinária implantou na Universidade de Uberaba (Uniube), no Triângulo Mineiro, um projeto para cuidar dos cães abandonados no campus. Mas essa nova casa vai fechar as portas, pelo menos temporariamente.
O professor Claúdio Yudi começou o projeto em 2007. Voluntários entravam com o atendimento médico e doações de alimentos. Mas a vontade de ajudar esbarrou em problemas técnicos e o canil pode fechar. “As fezes e ração dos animais entupiram a caixa de esgoto e a direção da Universidade de Uberaba optou pela desativação do canil”.
Por falta de estrutura o trabalho no canil está suspenso. Os 15 cães estão disponíveis para adoção desde o início do mês, mas é difícil encontrar um dono para eles porque a maioria já chegou à idade adulta. “É difícil a gente ver os animais aqui presos. Eles gostam de carinho”, disse a estudante de veterinária Dayliane Magalhães.
Na casa da advogada Rosemeire Alves o espaço está ficando pequeno para os cinco cães. Quatro deles foram tirados da rua e um carrega a marca de maus tratos no rabo e nos olhos. O último a ganhar um lar foi Pepê, adotado em uma feira no mês de julho. “Eu sempre gostei, desde menina. Antes eu tinha uma predileção por gatos. E quando eu casei eu resolvi colocar um cachorro em casa e nossa primeira aquisição foi o Zorro”, contou Rosemeire.
E adotar não é só levar para casa. A advogada tem o hábito de deixar vasilhas com água e ração na rua. “Ponho água, ração, às vezes encaminho para um veterinário se o animal estiver bem debilitado”, disse Rosemereire.
A administradora de empresas Rita Andrade também dá exemplo de cidadania. Desde janeiro do ano passado ela se dedica voluntariamente a retirar animais da rua. Em 2011 foram realizadas 11 feiras com 120 adoções. Com a ajuda de parceiros os cães são castrados, vacinados e bem alimentados. “A maior parte desse gasto sai dos nossos bolsos. A gente conta com a ajuda de algumas pessoas esporadicamente no caso de um tratamento mais oneroso ou de uma cirurgia, mas os gastos rotineiros são por nossa conta”.
Fonte: G1