Reformas de imóveis estão com custo alto em Uberaba
segunda-feira, 3 de setembro de 2012Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, essa pode não ser uma boa hora de fazer pequenas reformas em casa, pois com a grande quantidade de obras em andamento, a contratação de profissionais para pequenos trabalhos ficou escassa e com o dobro do preço. A estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Uberaba (Sinduscon) é que só em Uberaba, 12 mil pessoas estejam empregadas no setor e mesmo assim ainda falta mão-de-obra. Quem é contratado para reformar cobra uma diária até 50% maior do que aquele que vai construir.
“Quando a gente consegue encontrara mão-de-obra é realmente mais cara e com mais dificuldade para as pessoas fazerem pequenas reformas em suas residências”, afirmou José Lacerda, diretor do Sinduscon.
A supervalorização dos pequenos serviços tem uma justificativa: “O profissional visa muito uma estabilidade maior, para proteger a família, porque tendo uma obra com longo prazo para a gente é melhor, estamos mais garantidos e uma obra de curto prazo é bem menos garantido”, explicou o encarregado de obras, Julimar Célio do Carmo.
Para o engenheiro Cláudio Costa Junqueira conseguir cumprir o cronograma precisou mudar os critérios na hora da contratação pessoal e criar cursos de treinamento. “É importante também a gente verificar a boa vontade do profissional, se ele é aberto a novas sugestões, a novas idéias e esse profissional tendo essa abertura, a gente consegue perfeitamente orientá-lo e capacitá-lo”, contou.
E mesmo com tantas dificuldades, o número de reformas tem crescido e refletido também no comércio. De acordo com o gerente de uma loja de Uberaba, Josino de Paulo, a procura por materiais em pequenas quantidades aumentou pelo menos 15% de fevereiro até agora. “As pessoas geralmente procurar materiais para acabamento, como piso e tinta”, afirmou.
O pedreiro da casa do comerciante Luis Reynaldo Quelotti, trabalha ao mesmo tempo em duas obras. “Só que ele está na outra reforma e colocou um outro pedreiro aqui comigo. Uma coisa que é para durar dois meses, no máximo, vai demorar mais de quatro meses”, pontuou Luis.
Fonte: G1