Grupo de Uberaba representa a cidade em festival
terça-feira, 24 de julho de 2012Um grupo de dança vai representar Uberaba, no Triângulo Mineiro, no Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, que reúne companhias e bailarinos de várias partes do país. Seja como atividade física, lazer ou profissão, a busca pela dança também tem lotado as academias da cidade mineira.
O grupo está junto há quatro anos e domina vários estilos de dança, mas o duo contemporâneo, coreografia campeã no último festival no qual o grupo participou, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, junto com outra coreografia apresentada no Festival Nacional de Indaiatuba, também no interior de São Paulo, que devem compor parte da apresentação do grupo em Joinville.
Se nas décadas de 1960 e 1970 o forte cultural era representado pelos grupos de teatro que nasciam com mais frequência na cidade, hoje o perfil de Uberaba mudou e a dança está cada vez mais presente nesse cenário. “Acredito que Uberaba faz parte do cenário nacional. Nós temos várias escolas, vários grupos. O trabalho que vem sendo desenvolvido na cidade tem sido de qualidade A”, avaliou a professora de dança Luciana Cléa.
Os motivos podem ser individuais, mas os espetáculos e as academias recebem um público grande. O administrador Márcio Borges disse que a dança contribuiu para melhorar a parte física. “Minha formação é de ator, mas procurei a dança para melhorar minha condição e habilidade física. Hoje você tem a dança sendo procurada por pessoas muito diferentes. Tanto para quem procura academia, quanto para o público que compra, vem e assiste”, ressaltou.
As companhias estão unindo a arte de ontem com a popularização de hoje. Diferentemente da década de 1960, quando as apresentações de grupos de dança eram verdadeiros espetáculos, a dança utiliza mais elementos de música e luz. “A tendência de uns anos para cá é de eliminar estes elementos cênicos e criar ambientação com iluminação e com música. Estes despojamento de elementos reforça muito mais a imagem, pois não distrai o espectador com detalhes”, disse o ex-cenógrafo e arquiteto, Demilton Dib.
Com o crescimento do interesse do público, a oferta também aumentou. Carlos Fernandes saiu de São Paulo para oferecer várias modalidades, principalmente, a dança de salão. Segundo ele, em Minas Gerais os resultados surpreenderam. “Eu vi que tinha público, tinha ramo. Ainda mais para parte profissional, pessoas querendo aprender para formar uma nova companhia, novos professores e novos profissionais”, ressaltou.
O bom momento se reafirmou na região depois que o coreógrafo participou do quadro ‘Dança dos Famosos’ no Domingo do Faustão. “Não por mim, mas a dança de um modo geral foi mais vista, mais conceituada pela própria população com a participação no programa”, afirmou o dançarino.
A dança divide os bailarinos em dois públicos diferentes. Alguns vão em busca de uma atividade física, hobby ou distração. No entanto, outros usam a atividade como algo profissional. Como a advogada Fernanda Guissoni, que há dois anos e meio resolveu conciliar o trabalho de advocacia com a dança, duas vezes por semana. Mas a intenção dela nem era participar de um grupo avançado. “Sempre procurei um hobby, uma coisa que me fizesse sentir bem, distrair. Encontrei isto na dança. Agora fui convidada para as competições e dá para conciliar direitinho com o trabalho”, disse.
Para o coreógrafo e bailarino, Sérgio Félix, até os investimentos financeiros são bem diferentes para esses dois tipos de bailarinos. “Nestas competições a gente viaja, gera gastos e tem um certo patrocínio que poucas academias conseguem. Mas por amor à arte a gente acaba pagando”, afirmou.
Fonte: G1